
Quem havia criado uma máquina tão sofisticada? A resposta foi dada pelo próprio autômato. Por incrível que pareça, o ele havia sido construído em 1805 e seu inventor só foi descoberto por que teve o cuidado de ensinar sua criação a assinar em seu lugar.


Após ser restaurado, o mecanismo fez alguns desenhos, como o navio acima. Depois de literalmente travar e ser “reiniciado”, ele escreveu uma quadrinha em francês (à baixo do Navio) e assinou o seguinte: Ecrit par L'Automate de Maillardet. ["Escrito pelo Autômato de Maillardet"]. Estava descoberto o Gepeto: era o mecânico e relojoeiro suíço (perdoem a redundância) Henri Maillardet (1745-?). O “pinóquio mecânico” foi restaurado novamente em 2007 e, portanto, ainda funciona. E não mente:
Apesar de toda a possibilidade de posteriores desenvolvimentos tecnológicos que nos parecem óbvios hoje em dia, os autômatos mecânicos não passavam de curiosidades nos salões das cortes européias nos séculos XVIII e XIX. O autômato de Maillardet, por exemplo, com seus desenhos e seus versinhos ainda é considerado como o sistema mecânico de armazenamento de dados mais sofisticado que existe.
Se tal sistema de “memória” primitivo tivesse sido usado numa máquina de Babbage e programado por uma Ada Lovelace, onde é que a computação mecânica oitocentista chegaria? É difícil dizer, mas é uma possibilidade fascinante. De qualquer modo, parece improvável que qualquer computador moderno continue funcionando (quase) sem problemas daqui a dois séculos. Vamos ver se o Tio Gates ou o São Jobs serão lembrados por suas máquinas...
Fonte: http://hypercubic.blogspot.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário